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Artigos

2020

Considerações sobre o trabalho com

crianças em risco psíquico na primeira infância

A saúde mental infantil dos últimos tempos enfrenta o desafio da nova classificação do DSM IV, no que tange ao diagnóstico do grande guarda-chuva do transtorno do espectro autista, que basicamente, é definido pela dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso de jogos simbólicos; dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Este diagnóstico apavora as famílias nas consultas médicas, que em geral, são realizadas em tempo curtíssimo, onde a última palavra a ressoar no ambiente é autismo.

A quem se endereça a fatura?

Mariana Negri, Regina Macêna, Andrea Lauermann, Deborah Maria Pinheiro Fernandes, Caroline Renata Luciro, Érika Parlato-Oliveira.

“Nascer ou morrer”¹, dar a luz ou vê-la se apagar, são questões para as quais não há representação. Não há como dizermos o que é, nem tampouco dizer tudo, plenamente, sobre esses pontos de Real. Há e haverá sempre enigmas, mal-entendidos e por isso sempre teceremos palavras e mais palavras ao redor destes irrepresentáveis na tentativa de escrevê-los - em parte. O nascimento de um bebê, em sua dimensão desde a concepção, gestação, parto, “rompe com uma anterioridade” ( ANSERMET, F. , 2003, p. 29), ou seja inaugura algo novo. “Nós nascemos, por assim dizer, provisoriamente em algum lugar; é pouco a pouco que compomos em nós o lugar de nossa origem, para nele nascer posteriormente e a cada dia de maneira mais definitiva”.

(ANSERMET, F. , 2003, p. 31).

2018

Projeto e construção de jardim sensorial

no Jardim Botânico do IBB/UNESP, Botucatu/SP

Este trabalho teve por objetivo possibilitar a ampliação das atividades do Jardim Botânico do IBB, com a implantação de um Jardim Sensorial para atender principalmente pessoas com necessidades especiais. Foram construídos dois canteiros nos quais foram incluídas plantas com diferentes texturas, aromas e formas que possibilitarão a integração de pessoas com necessidades especiais à natureza.


Palavras-chave: Inclusão social. Acessibilidade. Jardim sensorial. Educação Ambiental.

Espaço Conviver: Atendimento a pessoas

com deficiência, familiares e cuidadores

O Instituto Lucas Amoroso é uma instituição de assistência social com interfaces nas áreas de educação, saúde, cultura e esporte. A proposta de trabalho, enquanto organização social, trata de um espaço de convivência voltado às pessoas com deficiências de múltiplas idades, seus familiares e cuidadores. O Espaço propõe uma dinâmica de atividades que envolvem temas artísticos, culturais e educativos, na busca da autonomia e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

2017

A efetividade da inclusão escolar no Brasil

A inclusão escolar no Brasil, como em todo o mundo já passou por vários momentos. Hoje a pessoa com deficiência tem o direito garantido por lei de frequentar uma escola regular, porém o aprendizado dessas crianças nem sempre está garantido. O objetivo deste trabalho é analisar se a inclusão escolar tem contribuído de fato para o desenvolvimento da pessoa com deficiência, e se os professores estão preparados para esse processo. Através de uma reflexão, a partir de revisões bibliográficas, destacam-se a importância de melhor formação e capacitação para os professores, e a importância de terem uma visão e atitudes favoráveis à inclusão. Cabe ressaltar a importância de que acreditem nesse processo para que desenvolvam um trabalho que efetive a prática inclusiva. Outro fator importante são as políticas públicas, que devem contribuir com esse processo oferecendo garantias de aprendizado para todos.

Saídas originais frente aos difíceis

problemas que a sexualidade da pessoa

com deficiência coloca para os familiares

O presente artigo tem como objetivo esclarecer as questões da sexualidade da pessoa com deficiência, contribuindo para um melhor entendimento do tema por parte dos cuidadores e familiares a fim de que pessoas com deficiência tenham uma vivência da sexualidade mais satisfatória. O estudo trata do comportamento da pessoa com deficiência frente à sexualidade evidenciando a compreensão do conceito, a percepção, o interesse e a falta de informação. São abordados os desdobramentos da sexualidade frente à família como as manifestações sexuais, a utilização de métodos contraceptivos, o temor quanto ao abuso sexual, doenças sexualmente transmissíveis e procriação. Conclui-se que são necessárias novas pesquisas frente ao tema a fim de garantir uma discussão mais ampla e consistente, sobretudo pelo desafio de modificar a visão da sociedade frente aos direitos da pessoa com deficiência intelectual, ao exercício da sua sexualidade, vendo-a como uma pessoa de direitos e deveres. Propõem-se novos estudos voltados a estratégias para trabalhar com os pais, tornando aquilo que é produzido parte do cotidiano desses indivíduos. É preciso cuidar de quem cuida. Promover cursos, grupo de pais, vivências, entre outros meios de orientação.

A estrutura familiar e seus reflexos na

fala-linguagem da criança com deficiência

Este estudo tem por objetivo verificar em publicações sobre o ambiente familiar, quais são os reflexos que a estrutura da família pode gerar no desenvolvimento da fala e linguagem da criança com deficiência. Foram pesquisadas as publicações dos últimos 15 anos (a partir de 2000) que abordassem o tema da fala e linguagem oral da criança com deficiência, e que incluíssem a estrutura familiar como parte influente nessa fase de desenvolvimento. A pesquisa foi realizada através de busca via internet em bases de dados. Neste estudo pode-se verificar a necessidade e a importância de se pensar não apenas nas estimulações de fala e linguagem, mas também nas maneiras de inserir a família nesse processo de intervenção. Essa inserção da família a envolveria não somente como um facilitador no desenvolvimento da fala-linguagem da criança com deficiência, mas em formas pelas quais ela deve ser orientada e cuidada quanto às questões psicológicas que interferem nas relações familiares e que refletem tais relações no desenvolvimento de fala-linguagem. A abordagem da estrutura familiar e a fala-linguagem da criança com deficiência requer mais pesquisas no assunto, pois o número de publicações no Brasil é muito pequeno, assim como os autores (DESSEN & SILVA) apontaram. Neste estudo pode se verificar que apesar de passados alguns anos, essa situação ainda não se modificou de maneira significativa. Além disso, pode-se observar que os quadros diagnósticos mais relatados referentes a este tema foram a deficiência mental e a síndrome de Down.

Reabilitação Baseada na Comunidade:

educação permanente de cuidadores familiares

O Instituto Lucas Amoroso atende pessoas com deficiência em todas as etapas da vida há dez anos. Diante das novas diretrizes orientadoras da UNESCO e OMS adotamos a Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC), considerada uma estratégia de desenvolvimento geral da comunidade, visando a reabilitação, a inclusão social e a garantia de direitos. A RCB é realizada mediante os esforços combinados das próprias pessoas com deficiência, suas famílias, sua comunidade e todos os profissionais e equipamentos envolvidos. Diante disso, criamos o grupo Família Sabe Tudo para formar multiplicadores de informação, e promover a qualidade de vida das pessoas com deficiência e seus familiares. As famílias foram divididas de acordo com o diagnóstico e foram realizados grupos mensais com temas multidisciplinares. Para avaliação do projeto foram utilizados dois indicadores: frequência de participação e nível de aproveitamento, verificados por: lista de frequência e questionário aplicado pré-grupos e pós-grupos. O grupo mais participativo foram as famílias com crianças TEA (transtorno do espectro autista) possivelmente por agrupar as crianças de menor faixa etária, mas houve alto índice de oscilação na frequência das famílias, justificado principalmente pela fragilidade na saúde dos atendidos. No geral, as famílias mostraram apreensão do conhecimento, mas alguns hábitos que envolvem a rotina familiar como: alimentação, higienização bucal e postura mostraram resistência à mudança. Diante dos dados, o projeto foi reformulado para atender às demandas específicas da convivência no lar, mas num modelo de grupo que priorize a construção coletiva de estratégias diárias, associada a visitas domiciliares para orientações e adaptações especificas.

Palavras Chave: pessoa com deficiência, família, reabilitação baseada na comunidade.

Estudo de atendimento a pacientes especiais

com proposta diferenciada de adaptação e condicionamento em consultório odontológico

Este artigo apresenta o Projeto de Extensão desenvolvido pelo campus UNESP de Guaratinguetá no Instituto Lucas Amoroso com proposta de estudos baseados no atendimento odontológico diferenciado a pessoas com deficiência. Avalia-se o impacto do Projeto nos pacientes, familiares e equipe multidisciplinar da Instituição, e apresentam-se dados parciais da investigação sobre a natureza dos estímulos proporcionados no atendimento odontológico a pessoas com deficiência, e as formas de manejo e condicionamento desses pacientes.

Capacitação por meio de vídeos para

manejo de comportamento de crianças

com autismo para profissionais de CAPSI

Diante da lacuna existente na literatura atual, sobre como podemos utilizar o material audiovisual para o processo de capacitação de profissionais da área da saúde mental e o seu manejo adequado para atender as demandas necessárias no ambiente interventivo com crianças autistas, nota-se a importância da qualificação desses profissionais por meio da capacitação e da avaliação de vídeos no processo de empoderamento do conhecimento do sujeito que se envolve na área da saúde. Dessa maneira, busca-se, por meio da comunicação do processo de capacitação de profissionais de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e a aplicação do material audiovisual, verificar a evolução na qualidade de serviço oferecido pelos profissionais treinados, assim como a aplicabilidade do material desenvolvido para a capacitação. O projeto presente, tem por objetivos: (I) verificar a aceitação e a aplicabilidade do uso de vídeos para a avaliação de uma capacitação com profissionais de CAPSIs de São Paulo e (II) investigar mudanças na postura dos mesmos capacitados, relacionado ao conhecimento e manejo de comportamentos de crianças com TEA. Participaram 14 profissionais de saúde de quatro CAPSIs da região Norte, que passaram por uma capacitação de cinco fases:(1) observação pré-intervenção, (2) encontros com os profissionais para levantamento da demanda, (3) encontros para implantação do treinamento, (4) encontro final para discussão de casos, e (5) supervisões à distância. Como resultados, evidencia-se a aplicabilidade do uso de vídeos como instrumento de avaliação e treinamento. Notando um aumento médio de acertos geral dos vídeos, em relação à fase pré-intervenção (aumento médio de 3,7; DP + 2,3), e item a item,11 dos 13 vídeos. Conclui-se que o modelo proposto com uso vídeos, mostra-se factível e efetiva.

Palavras-chaves: Transtorno do Espectro Autista; Material audiovisual; Avaliação/ Capacitação.

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